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  • Foto do escritorDuda Rodrigues

A Lua


As vezes fico pensando sobre a lua, me colocando no lugar dela. Uma das teorias para sua origem é que ocorreu o impacto de um planeta, no início da formação da Terra, que levou parte do que já havia sido formado a se separar e se tornar um satélite orbital do nosso planeta. Ou seja, é como se a Lua fosse uma pequena parte isolada da própria Terra. Um pedaço do todo, isolado, que não teve o mesmo caminho de evolução. Será que ela sente falta daqui ? Será que fica solitária ali em cima, olhando para algo do qual anteriormente ela mesma fazia parte ? Colocando assim, pode até parecer triste (se você for que nem eu e colocar sentimento em tudo, inclusive em corpos celestes kk). Mas me surge um outro ponto de vista.

Não podemos controlar certos acontecimentos movidos pelo caos existencial. As coisas são como são. Se não fosse por esse provável evento físico de colisão de planetas, ela não ganharia a forma de existir que têm. E se não fosse assim, ela não seria A LUA. A Lua, responsável pelo movimento das marés, por refletir a luz solar e iluminar as noites, por ser fonte criativa para tantos poetas divagarem e escritores imaginarem seus segredos. Sua existência se tornou única e essencial. Talvez ainda uma parte do todo, mas a sua maneira, individual, singular.

Quem sabe não exista parte do todo, ou tudo seja parte de um todo. E por isso não faz sentido sentir-se menor. Mudanças a partir de eventos fora do nosso controle são naturais, mas não diminuem sua forma de existência. Cada um de nós só existe por uma série de eventos desse tipo, por constantes transformações em resposta a acasos subsequentes, desenvolvendo nossos potenciais individuais em consequência. Quando olho para a Lua, vejo inspiração, não só por ser escritora e imaginar seus mistérios, mas também por me sentir mais forte para ser quem sou, e viver à minha própria maneira.




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